
União e solidariedade é uma solução para empreendedoras
Quase a metade dos empreendedores brasileiros são mulheres, sendo que 4 em cada 10 dessas mulheres começam os seus negócios sem capital. O acesso ao crédito é um dos principais problemas e a solução encontrada por muitas delas passa pela união e a solidariedade.
Em Madureira, zona norte do Rio, a Feira das Brecholeiras reúne mulheres que vendem roupas e brinquedos usados embaixo do viaduto do bairro, em frente à calçada da Cufa (Central Única das Favelas). São 120 mulheres, a maioria microempreendedoras individuais, que contam com o apoio da Cufa e lançaram até um cartão com o nome “Brecholeiras”.
“É um cartão pré-pago, aceito em qualquer loja, farmácia, mas que tem o nome “Brecholeiras”, o que é mais orgulho para que a gente seja identificada de uma outra forma, como empreendedoras do evento”, conta Michelle Rey, uma das administradoras da Feira das Brecholeiras.
Os empreendimentos liderados por mulheres cresceram cerca de 40% durante esse período de pandemia, mas por “necessidade”, devido a perda de empregos, informou Ana Fontes, presidente da Rede Mulher Empreendedora.
Em Atafona, distrito de São João da Barra, norte fluminense, o programa vai mostrar a cooperativa Arte Peixe, formada por mulheres esposas e filhas de pescadores, na sua maioria. A partir de cursos de capacitação e da ajuda de um engenheiro de alimentos, elas investiram em inovação e produzem hambúrguer, linguiça e outros produtos feitos com peixe e camarão.
“Normalmente o pescador trazia o peixe, camarão, e a mulher limpava esse pescado em casa para ele vender”, contou Fernanda Pires, presidente da cooperativa. “Com esse trabalho, nós agregamos valor e deixamos de ser ajudantes do pescador para nos tornarmos empreendedoras da pesca”,disse.
Fonte: www.istoe.com.br